Esquizofrenia: desmistificando a doença
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A esquizofrenia ainda é cercada de estigmas e desinformação, sendo frequentemente associada à violência ou à perda de contato com a realidade. No entanto, com tratamento e apoio adequados, é possível gerenciar os sintomas e levar uma vida ativa e funcional.
Cerca de 1% da população mundial convive com a esquizofrenia — no Brasil, isso representa cerca de 1,6 milhão de pessoas. Além dos sintomas, essas pessoas enfrentam o preconceito e a exclusão social. Está na hora de mudar essa realidade.
Neste conteúdo, vamos desmistificar o transtorno, explicar como ele afeta o pensamento, as emoções e o comportamento e mostrar a importância do apoio familiar e social para uma vida com mais qualidade.
O que é a esquizofrenia?
A esquizofrenia é um transtorno psicótico que distorce a percepção da realidade. Quem tem essa condição pode vivenciar alucinações, delírios, pensamentos confusos e mudanças no comportamento. Ao contrário do que é muitas vezes mostrado em filmes e na mídia, não se trata de “personalidade dividida” ou “dupla personalidade”. É um distúrbio complexo, cujas causas envolvem uma combinação de fatores diversos.
Tipos de esquizofrenia
A esquizofrenia se manifesta de formas diferentes. Confira os principais subtipos:
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Esquizofrenia paranoide: delírios e alucinações auditivas, com pensamento preservado.
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Esquizofrenia desorganizada: fala incoerente, emoções inadequadas e comportamento caótico.
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Esquizofrenia catatônica: alterações motoras intensas, como rigidez ou agitação extrema.
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Esquizofrenia indiferenciada: sintomas variados sem padrão definido.
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Esquizofrenia residual: sintomas psicóticos atenuados, mas com apatia e retraimento.
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Esquizofrenia simples: perda progressiva de motivação e contato social, sem delírios evidentes.
Principais sintomas da esquizofrenia
Os sintomas da esquizofrenia se dividem em positivos e negativos:
Sintomas positivos
São manifestações adicionais ao comportamento normal.
- Delírios: crenças falsas, como achar que está sendo perseguido ou que tem poderes especiais.
- Pensamento desorganizado: discurso confuso e desconexo, dificultando a comunicação
- Alucinações: percepções falsas, como ouvir vozes ou ver coisas que não existem.
- Comportamento desorganizado: ações estranhas, como rir sem motivo ou reagir exageradamente.
Sintomas negativos
Representam a perda de funções essenciais.
- Apatia: desinteresse por atividades diárias.
- Retraimento social: distanciamento de amigos e familiares.
- Afeto embotado: emoções distantes, com pouca expressão facial.
- Déficits cognitivos: dificuldades de memória, atenção e organização.
Causas e fatores de risco
Embora a causa exata da esquizofrenia não seja totalmente compreendida, diversos fatores contribuem para seu desenvolvimento:
- Fatores genéticos: a doença é mais comum em pessoas com parentes próximos afetados, aumentando a probabilidade em casos de histórico familiar de transtornos psiquiátricos.
- Neurotransmissores: desequilíbrios de dopamina, serotonina, glutamato e GABA estão relacionados ao transtorno, já que esses compostos regulam o humor, comportamento e funções cognitivas.
- Fatores ambientais: experiências de abuso, trauma ou negligência na infância e o uso de substâncias podem ser gatilhos em pessoas predispostas geneticamente.
- Complicações na gestação: infecções, falta de oxigênio e desnutrição durante a gravidez aumentam o risco de esquizofrenia.
- Estresse: eventos estressantes, como perda familiar ou traumas, podem desencadear a doença em pessoas geneticamente predispostas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da esquizofrenia é clínico, baseado nos sintomas, histórico e avaliação psiquiátrica. Não há um exame específico, mas testes de imagem podem ajudar a descartar outras condições. Para confirmação, os sintomas precisam persistir por mais de seis meses e impactar a rotina.
Tratamento da esquizofrenia
O tratamento é multidisciplinar, combinando medicamentos e terapias.
1. Medicamentos antipsicóticos
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Típicos (1ª geração): eficazes, mas com maior risco de efeitos motores.
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Atípicos (2ª geração): mais modernos, com menos efeitos colaterais.
2. Terapias psicossociais
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Treinamento de habilidades sociais
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Reabilitação ocupacional
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Apoio e orientação familiar
3. Hospitalização
Em casos graves ou durante surtos psicóticos, a hospitalização é essencial para estabilizar o paciente. Instituições especializadas, como o Hospital Estância Morro Grande, oferecem atendimento psiquiátrico intensivo com monitoramento contínuo. Após a estabilização, o tratamento ambulatorial é importante porque previne recaídas e garante uma recuperação sustentável a longo prazo.
Desmistificando a esquizofrenia
Vamos combater os mitos mais comuns:
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Mito 1: Esquizofrenia é “múltiplas personalidades”
Fato: Esse é um erro comum. O transtorno dissociativo de identidade é diferente da esquizofrenia. -
Mito 2: Pessoas com esquizofrenia são violentas
Fato: A maioria não apresenta comportamento agressivo. Na verdade, são mais vulneráveis a abusos. -
Mito 3: Esquizofrenia é incurável
Fato: Embora não tenha cura definitiva, é possível viver bem com tratamento contínuo.
Dicas para conviver melhor com a esquizofrenia
Aqui estão algumas dicas para conviver melhor com a esquizofrenia, com foco no bem-estar e no suporte adequado:
- Busque apoio: familiares, amigos e grupos ajudam a reduzir o isolamento.
- Tenha rotina: sono, alimentação e atividades regulares trazem estabilidade.
- Evite gatilhos: reduza estresse, substâncias psicoativas e noites sem sono.
- Pratique o autoconhecimento: entender a doença facilita o enfrentamento.
- Siga o tratamento: medicação e acompanhamento médico são fundamentais.
- Invista em terapias: arte, música, meditação e exercícios melhoram o bem-estar.
Esquizofrenia não define ninguém
Viver com esquizofrenia é um desafio diário, mas é possível encontrar equilíbrio, clareza e bem-estar. A aceitação e o apoio certo fazem toda a diferença.
Mais do que um diagnóstico, a esquizofrenia é uma parte da jornada — não o destino. Romper o preconceito é o primeiro passo para uma sociedade mais empática e inclusiva.
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