Imagine uma coisa que não tem efeitos colaterais, é acessível para todos gratuitamente, e tem benefícios comprovados cientificamente para ansiedade, depressão, dor, imunidade, pressão alta, vitalidade, sono, memória, emoções positivas, autoestima, humor, espontaneidade, criatividade, entre outros. Agora imagine que seria essa coisa? Uma pílula da felicidade? Não, na verdade é uma técnica milenar, a qual denominamos meditação.
É difícil descrever a experiência da meditação. A meditação não serve a uma religião ou com a finalidade para relaxar e ser feliz, apesar de ser uma consequência natural. No dicionário em português meditar é “pensar sobre ou ponderar sobre…”, porem quando falamos de meditação dentro do conceito oriental é justamente o oposto. Dentro do yoga se diz que e um estado de hiperconsciência, onde ocorre uma cessação das instabilidades mentais. Como faz para parar de pensar? Para chegar neste estado de abertura da consciência exige uma atitude intencional, de atenção consciente no momento presente, sem julgamento, que implica em uma curiosidade e aceitação radical da mente do que se apresenta diante de nós. É um sair da lógica racional, cartesiana, que categoriza e separa, da dualidade de como estamos acostumados a ver o mundo a nosso redor. É ver o fenômeno como ele de fato é como um todo. Mas então meditação é um controle absoluto da mente? Na verdade, não é um controle, senão a absoluta aceitação do que a mente é, que é algo diferente. E nesse estado mental, nos permite abrir espaços internos em que podemos ampliar nossa perspectiva sobre a vida, muitas vezes condicionada por conceitos limitados que nos mesmos criamos sem perceber. A meditação fomenta uma cultura de interioridade, de auto percepção, num mundo que nos ensinou a responder as emoções diante de eventos prioritariamente externos. O principal benefício da meditação é nos aproximar de quem realmente somos, não através de uma imagem perfeita e sim mais autentica, através da pureza do coração.
Meditação é essencialmente prática. Convido você então fazer um breve treinamento:
Escolha um lugar tranquilo, sente-se confortavelmente, feche os olhos e observe como é estar em seu corpo. Observe as sensações do corpo, como elas vão e como surgem, sem prestar atenção a nenhuma delas em particular. Se for uma sensação agradável, sinta-a e deixe-a ir. Se for desagradável, você também o percebe e o deixa ir. Talvez sinta calor nas mãos, pressão no assento, formigamento na testa. Observe essas sensações como uma mãe olha para seu bebê recém-nascido, perguntando-se o que ele está sentindo. Observe o que aparece, uma sensação após a outra. Sem pressa. Após cinco minutos, abra lentamente os olhos.
Essa foi só uma breve demonstração. Para que a transformação na mente ocorra, procure realizar regularmente essa praticar milenar. E assim, cada vez que passar por um estresse, ao invés de embotar os sentidos com Rivotril, permita-se aflorar os sentidos e escolher de forma mais consciente através da pratica meditativa como responder a cada uma das sensações ou dos pensamentos, ao invés de se tornar refém deles.
Dra. Anne Muscalu Raicher – CRM 129.050, atende na Estância Morro Grande – Hospital de Saúde Mental em Ibiúna/SP – (15) 3241-1790 | (15) 998-085-955 | www.estanciamorrogrande.com.br